Adaptação do poema “Little Star” do Thich Nhat Hanh. Incluído no livro de poemas Call me by my true names (Ed. em castelhano “Llamadme por mis verdaderos nombres”).
“Today the kingdom of Heaven
Held a festival for thousands of stars
I went up to that kingdom
Knelt down and prayed
That the anguish, the killing, the disaster
In our poor land would end.”
Where have you been, little star?
I’ve been looking for you everywhere
Out of my window among the dark clouds
Where have you been, little star?
I feel so forlorn
Like a small bird lost on a foggy island
It has been raining for nights
Late night on the sidewalk
I see the silhouettes of lonely, wet forms
I’ve tried to call your image
From deep in my consciousness
While the rain and the wind continue to rage
Tonight as I bend over my desk
My head in my two hands
The wind has carried all the clouds away
The sky is clear
The rain has stopped longing for your call
I’m surprised to see you there
You have returned
Little star!
[Rap]
I’ve been looking at the stars in the distance
I’ve been looking in my heart for resistance
I’ve been searching in the self for existence
all alone by myself Reminiscent
underneath the Bodhi tree but it isn’t only me
you and I collective energy how it’s s’posed to be
I hope to be the ocean tide With my spirit open wide standing on a mountain top see the world with open eyes
I was so surprised
to know that I’m a part of this
Sunrise sunset
rain clouds all of it
The journey of awakening taking it with one step
one breath
save all beings till there’s none left
Suffering is painful
but I’m still the same fool
searching for the river
while I’m swimming in the same pool
Maybe we can find it
keep the light shining
walking on the path of ancestors behind me
If you could be the person
who you are in your heart
would you grow a little bit
or would you play a bigger part
Love is a paintbrush
life is the biggest art
and I’m still the same kid
wishing on a little star
Where have you been, little star?
I’ve been looking for you everywhere
Out of my window among the dark clouds
Where have you been, little star?
I feel so forlorn
Like a small bird lost on a foggy island
It has been raining for nights
Late night on the sidewalk
I see the silhouettes of lonely, wet forms
I’ve tried to call your image
From deep in my consciousness
While the rain and the wind continue to rage
Dear little star
You have been through such storms, rain, and wind
For how long and on what strange land have you been weeping?
You’ve come back
Your little body, still shivers will cold
With tears in your eyes
You recalled
You’ve been praying for our homeland
Your voice has reached the stars
transformed to teardrops
Trembling in the air
I’m sending deep thanks to
Countless little stars
With diamond-strong faith
You are like flowers, blooming everywhere
My little star, you are back home
With tears in my eyes
I call your name
And feel the warmth in my heart
“Hoje o Reino dos Céus
Fez um festival para milhares de estrelas
Eu subi para aquele reino
Ajoelhei-me e rezei
Que a angústia, a matança, o desastre
Na nossa pobre terra acabe.”
Onde foste, estrelinha?
Estivem a procurar-te em todos os lugares
Fora da minha janela entre as nuvens escuras
Onde foste, estrelinha?
Sinto-me tão desamparado
Como um pequeno pássaro perdido numa ilha enevoada
Tem chovido por noites
Tarde na noite na calçada
Vejo as silhuetas de formas solitárias e molhadas
Tentei chamar à tua imagem
Do fundo da minha consciência
Enquanto a chuva e o vento continuam a se enfurecer
À noite enquanto me inclino sobre a minha mesa
A minha cabeça nas minhas duas mãos
O vento levou todas as nuvens embora
O céu está limpo
A chuva parou de ansiar a tua chamada
Estou surpreso de ver-te lá
Voltas-te
Estrelinha!
[Rap]
Estive a olhar para às estrelas ao longe
Estive a olhar no meu coração pela resistência
Estive a procurar em mim mesmo pela existência
Sozinho comigo Reminiscente
debaixo da árvore Bodhi, mas não sou só eu
tu e eu, energia coletiva como deve ser
Espero ser a maré do oceano Com o meu espírito aberto por completo, de pé no topo duma montanha, ver o mundo com os olhos abertos
Fiquei muito surpreso
ao saber que eu faço parte disto
Nascer do sol, pôr do sol
nuvens de chuva tudo isso
Enrolar a viagem do despertar com um passo
uma respiração
salvando a todos os seres até não deixar nenhum
O sofrimento é doloroso
mas eu ainda sou o mesmo tolo
à procura do rio
enquanto estou a nadar na mesma piscina
Quiçá podemos encontrá-lo
manter a luz brilhando
caminhando no caminho dos ancestrais atrás de mim
Se pudesses ser a pessoa
quem és no teu coração
crescerias um pouco
ou farias um papel maior
O amor é um pincel
a vida é a maior arte
e eu ainda sou o mesmo cativo
pedindo um desejo a uma estrelinha
Onde foste, estrelinha?
Estivem a procurar-te em todos os lugares
Fora da minha janela entre as nuvens escuras
Onde foste, estrelinha?
Sinto-me tão desamparado
Como um pequeno pássaro perdido numa ilha enevoada
Tem chovido por noites
Tarde da noite na calçada
Vejo as silhuetas de formas solitárias e molhadas
Tentei chamar à tua imagem
Do fundo da minha consciência
Enquanto a chuva e o vento continuam a se enfurecer
Querida estrelinha
Passaste por tais tempestades, chuva e vento
Por quanto tempo e em que terra estranha estiveste a chorar?
Voltas-te
O teu corpinho ainda estremece de frio
Com lágrimas nos olhos
Lembras-te
Estiveste orado pela nossa pátria
A tua voz alcançou as estrelas
transformado em lágrimas
Tremendo no ar
Estou a enviar profundos agradecimentos às
inúmeras estrelinhas
Com fé forte como diamante
És como flores, florescendo em todos os lugares
Minha estrelinha, estás de volta em casa
Com lágrimas nos meus olhos
Chamo-te pelo teu nome
E sinto o calor no meu coração